CIRCULA-ME NAS VEIAS
PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO
Nada quis quando cheguei ali. Aqui, pretendo apenas engatilhar um caminho de busca por uma experiência. O sertão-mar, gota a gota brota novamente. Ao fracionar essa existência em dúvida, em o solo vivo e em morada das rochas-esculturas e peles-cascas busco algo intangível: o conforto de entender a origem. A crença cada vez mais terrena, cercada pelo interior engolido em contradições modernas. Imagens que se cruzam, criam. O ser que sobrevive à seca me canta no ouvido, sobressai o estereótipo. E tudo se mistura: galinha cabidela, xique xique, rede, vento no alpendre, uma lapada de cana e garra de viver e lutar pela vida. Circula-me nas veias.
Nesse sentido, o ensaio surgiu de experiências rotineiras no interior do Rio Grande do Norte e faz parte da pesquisa ""notas sobre um nordeste contemporâneo" desenvolvida desde 2017. São imagens produzidas em cidades do interior potiguar e buscam enlaçar o afeto com esse espaço de memórias e a troca entre imagens que as recriam.